Experimental

Ao fundo de um jardim delimitado por uma antiga parede de pedra, propõe-se a construção de um pavilhão para apoio a convívios e refeições. Este novo volume surge como um espaço de celebração, concebido para acolher encontros, festas e jantares, assumindo-se como uma estrutura discreta mas expressiva, que articula a natureza envolvente com o gesto arquitectónico.

A proposta parte da preexistência — a parede de pedra — que passa a desempenhar um papel activo na composição, funcionando como pano de fundo e elemento de ancoragem visual e estrutural. À sua frente, implanta-se uma cobertura leve e um terraço contínuo, criando uma plataforma generosa onde se inscreve uma mesa de jantar longa, numa referência simbólica à Última Ceia. Este espaço central, orientado para o jardim, organiza a vivência exterior e reforça a relação entre interior e paisagem.

O interior do pavilhão integra uma cozinha de apoio, concebida com técnicas construtivas locais: estrutura em betão armado, lajes com vigotas e acabamentos simples e robustos. A escolha destes sistemas construtivos visa garantir durabilidade, facilidade de execução e compatibilidade com mão de obra local.

Mais do que um anexo funcional, este pavilhão afirma-se como um espaço de permanência e partilha, onde o construído prolonga a topografia e a memória do lugar, num equilíbrio entre intimidade, convívio e paisagem.