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  • 008

    Fontinha Cowork

    2020

    Após a remoção da cobertura e do muro perimetral no fundo de um antigo armazém, revelou-se inesperadamente uma enorme rocha selvagem.
    Aquilo que era interior tornou-se exterior, criando uma nova frente onde antes era tardoz.
    O espaço transformou-se — não apenas em função, mas na própria lógica de relação com o lugar.

    O armazém é agora composto por dois volumes semelhantes — casa e ateliê — separados por nichos de dormir.
    No centro, um grande objeto em madeira organiza tudo: concentra os serviços e liberta os extremos.
    De um lado e do outro, dois espaços amplos, abertos, dedicados à vida e ao trabalho.
    Os quartos, encaixados no corpo do armário, situam-se entre o habitar e o produzir. Voltam-se para o pátio, observam a rocha.

    Entre eles, um arco grosso, quase desproporcionado, assume-se como gesto mínimo, mas fundamental: é o elemento que liga os dois espaços lineares.
    Um portal. Uma travessia.

    Num contraste de escalas, são os espaços mais mínimos que ganham maior densidade emocional —
    o recuo, o abrigo, o ninho, a cabana.