Giesteiro
Num terreno inclinado, voltado para o castelo, a casa assenta sobre um plinto — uma base firme que define o contacto com o solo e organiza os acessos.
Sobre ele, desenvolve-se o piano nobile: o andar habitacional, suspenso, que se abre à paisagem.
Abaixo, um piso infraestrutural contém funções técnicas e de apoio, desenhando um equilíbrio entre peso e leveza, entre matéria e habitar.
A casa organiza-se entre cheio e vazio, através de pátios que a perfuram e permitem variações de uso ao longo do tempo.
É uma casa Guernica, fragmentada, tensa, mas sempre capaz de se recompor.
É também uma casa Transformer: desenhada para se adaptar à vida dos seus habitantes — para se reduzir quando a família encolher, para perder metade de si sem perder identidade.
Ao centro, o fogo.
Uma grande chaminé irrompe pela cobertura, marcando o ponto fixo da casa — âncora simbólica e funcional.
É também o sinal visível de quem chega de cima: o gesto vertical que rompe a geometria horizontal e anuncia a presença do lar.
Local
Tipo
Equipa
Elói Gonçalves, Tae Seong Seung
Cliente
Private
Fotografia
Antonio Mesquita
paisagem
pomo
estrutura
JA engenharia