Experimental

  • Arquivo
  • Random Beauty
  • Memórias
  • Sobre
  • 013

    Giesteiro

    2024

    Num terreno inclinado, voltado para o castelo, a casa assenta sobre um plinto — uma base firme que define o contacto com o solo e organiza os acessos.
    Sobre ele, desenvolve-se o piano nobile: o andar habitacional, suspenso, que se abre à paisagem.
    Abaixo, um piso infraestrutural contém funções técnicas e de apoio, desenhando um equilíbrio entre peso e leveza, entre matéria e habitar.

    A casa organiza-se entre cheio e vazio, através de pátios que a perfuram e permitem variações de uso ao longo do tempo.
    É uma casa Guernica, fragmentada, tensa, mas sempre capaz de se recompor.
    É também uma casa Transformer: desenhada para se adaptar à vida dos seus habitantes — para se reduzir quando a família encolher, para perder metade de si sem perder identidade.

    Ao centro, o fogo.
    Uma grande chaminé irrompe pela cobertura, marcando o ponto fixo da casa — âncora simbólica e funcional.
    É também o sinal visível de quem chega de cima: o gesto vertical que rompe a geometria horizontal e anuncia a presença do lar.