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  • 022

    Boleiros

    2022

    A habitação apresenta-se como uma reinterpretação contemporânea do armazém rural. A geometria ortogonal e a cobertura plana contrastam com a envolvente agrícola, marcada por muros em pedra seca, vegetação espontânea e animais soltos. A fachada principal, de expressão austera, articula-se com uma parede de alvenaria de pedra aparente, sugerindo uma ligação ambígua ao passado vernacular. A casa nega a mimetização: assume-se como artefacto novo, autónomo, quase estranho ao lugar. No entanto, a escolha de materiais locais como o reboco tirolês como pele, os espaços intermédios como transição térmica e funcional revelam uma leitura atenta do clima e dos modos de vida locais. Trata-se de uma peça que oscila entre pertença e distanciamento — entre abrigo e manifesto.